Não importa (tanto) o ponto de partida, a situação em que nos encontramos, o lugar em que estejamos, a condição que vivemos no momento actual, a distância da estrada...
Importa (sobretudo e acima de tudo) a nossa predisposição para escutar a voz de Deus, o caminho que nos dispomos a percorrer, a disponibilidade para nos deixarmos converter pela graça de Deus e de caminharmos juntamente com o Mestre dos Mestres, Jesus Cristo.
São Mateus, cuja festa celebramos hoje, diz-nos isso mesmo. É um cobrador de impostos. Está ao serviço do Império Romano, que oprime e subjuga Israel. É (considerado) inimigo dos judeus. Publicano (=cobrador de impostos) é o mesmo que pecador público. É ostracizado na convivência social, política e religiosa. E. no entanto, Jesus chama-o no seu local de trabalho, na sua condição actual, sem preconceitos...
Mateus torna-se discípulo e apóstolo de Jesus. Convida-O para sua casa. A refeição é uma forma de comunhão. Só se senta à minha mesa quem me quer bem. Só me sento à mesa com quem me dou. E Jesus lá está, no meio de pecadores e publicanos, em casa de Mateus, sujeito a olhares, a juízos de valor. O preconceito de alguns leva-os a murmurar. Jesus vive eliminando todo e qualquer preconceito. Todos somos igualmente filhos de Deus.
Podemos ser os maiores pecadores. Ainda assim, Deus chama-nos, espera por nós, quer a nossa conversão, a nossa felicidade, a nossa salvação.
Sem comentários:
Enviar um comentário