1 – O nosso CENTRO é Jesus Cristo.
(editorial redigido em vésperas da bênção do Centro Paroquial).
Um centro é naturalmente um espaço vital, aglutinador. A comunidade paroquial deve rever constantemente o seu ponto de apoio, para recentrar o seu olhar em Jesus Cristo. Toda a oração, toda a pregação e toda a actividade pastoral deve partir de Jesus Cristo e para Ele se orientar.
Recentemente, o Papa Bento XVI vincava que a Igreja, antes de se pregar a si, deverá pregar Jesus Cristo.
“Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 21). Questionemo-nos, pessoal e comunitariamente, sobre o nosso tesouro.
Neste sentido, importa salientar que a paróquia, a vida comunitária, não se situa à volta de uma pessoa determinada e/ou um grupo, mas à volta de Jesus. As pessoas, como os grupos, estão. Jesus é. As pessoas e os grupos passam. Jesus permanece. É Ele, Deus connosco, que sustenta a nossa fé, forma e enforma a comunidade.
2 – Vamos lá. Mas qual o meu papel, ou o nosso papel? Deixamos as marcas dos nossos talentos, ou deixamos os sinais das nossas insuficiências?
Somos a voz, os braços, os pés, o olhar de Jesus Cristo para o nosso semelhante e para o nosso tempo. Jesus é o centro, d’Ele partimos para irradiar o seu amor, o seu perdão, a sua sabedoria. O mundo precisa de cada um de nós. Deus quer precisar de nós. O que fazemos com os dons que Ele nos dá?
3 – A comunidade paroquial, a Igreja local, é, deve ser sempre, sacramento de Deus, lugar de vivências e de procuras, de descobertas e de encontros, para acolher Jesus Cristo e para O dar a conhecer ao mundo.
Cada baptizado, cada um de nós, insere-se na comunidade. O Baptismo identifica-nos em Cristo. Integramo-nos numa comunidade crente, que procura traduzir para o quotidiano a mensagem do Evangelho. Deus chama-nos em povo, para em povo caminharmos.
A comunidade, por sua vez, é esta rede de pessoas e de grupos que se co-responsabilizam para anunciar Jesus, para O dar a conhecer.
4 – É por esta razão de força maior, que a Igreja, e em particular a paróquia, não é uma pessoa. Ou melhor é uma pessoa: JESUS CRISTO.
Abandonámos há muito a concepção piramidal, o padre e depois o povo, para voltarmos à concepção inicial do Povo de Deus, em que pessoas várias desempenham diferentes ministérios, cada qual com a sua especificidade, mas todos importantes e necessários, partilhando os dons e as responsabilidades.
Em grupo, fazemos a experiência de comunhão que nos vem da comunhão Maior que é Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Não em grupos fechados, mas abertos ao Espírito de Cristo, como que em espiral englobando outros grupos e acolhendo outras pessoas… até Jesus Cristo!
Editorial Voz Jovem, n.º 97, Abril 2008
Sem comentários:
Enviar um comentário