Vivemos, liturgicamente, um tempo riquíssimo, na nossa comunidade paroquial e na Igreja. Localmente, a solenidade da Imaculada Conceição, nossa padroeira, que norteia e inspira o trabalho pastoral, a vivência da fé, o compromisso cristão com o mundo que nos rodeia e nos dias que correm. Em toda a Igreja, a celebração festiva do Natal.
A FESTA, esta como outras, deve expressar-se e viver-se em três momentos que se interligam obrigatoriamente: a preparação, a festa, e o tempo que se segue. Fome/apetite, refeição, e saciedade. Alimentamo-nos para nos “aguentarmos” de pé.
A novena foi a nossa preparação, para a celebração festiva da nossa padroeira, mas também para o Natal que ora celebramos. Recitação do terço, meditando nos mistérios que envolvem a vida de Jesus Cristo e daqueles que mais de perto O acompanham; a Eucaristia, memorial da Sua paixão redentora e ressurreição; meditação, proposta pelo Pe. António Giroto, procurando que a Palavra de Deus facilite a concretização da vontade do Senhor, ao jeito de Nossa Senhora.
O dia da padroeira é de e para toda a comunidade paroquial. Pessoas e grupos hão de alimentar-se do testemunho de Maria, procurando imitá-l’A na delicadeza, na caridade, na ajuda pronta e decidida ao próximo, no acolhimento humilde e generoso do Deus que vem. Por isso é a Padroeira. Não apenas para proteger e interceder. Não apenas para ser honrada pelos fiéis, mas para ser uma referência constante na vivência da fé e no compromisso quotidiano de todos nós.
A festa, no plano da fé e para ser autêntica, deverá alimentar todo o trabalho pastoral, ao longo de todo o ano. Voltando ao exemplo da refeição, o apetite leva-nos a procurar/aproximarmo-nos do alimento, alimentamo-nos e depois vamos à nossa vida. Aproximamo-nos de Nossa Senhora, deixamo-nos desafiar por Ela, regressamos à nossa vida do dia a dia, procurando fazer o que Ele nos disser.
Obviamente, se procurarmos imitar Maria chegamos a Jesus. É para Ele que Maria aponta; com Ela aprendemos a acolher o Deus que vem habitar no meio de nós. Fome/saciedade/vida. É válido para a festa da nossa padroeira, é válido para a celebração do NATAL e de cada Eucaristia.
Um santo Natal. Deus nasça em cada um, Deus nasça em todos, Deus seja vossa família.
Editorial Boletim Voz Jovem, dezembro 2011
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