quinta-feira, 12 de julho de 2012

Amo para os outros o que amo para mim

       Cada aliança entre Deus e o homem, entre o homem e a mulher, cada comunidade autêntica, religiosa ou civil, rege-se pela reciprocidade, pela autoridade. A sua regra de ouro é: faz ao outros o que queres que os outros te façam. O que desejas para ti, fá-lo aos outros...
       Desce ao lugar mais secreto de ti mesmo, onde nasce o desejo, e lá descobrirás o segredo da existência. Toda a religião numa extraordinária simplificação, num dom do meu desejo: dou aos outros o que desejo para mim, amo para os outros o que amo para mim. E para mim, eu desejo ser amado, desejo que me levem a sério e que se considerem nada os meus defeitos e, pelo contrário, importantes os meus dotes, que os meus segredos sejam respeitados e as minhas faltas perdoadas de coração, já e sempre. Procuro quem me acompanhe quando tenho medo e me ofereça um coração em que possa abrigar-se. E procurarei dar isto aos outros.

ERMES RONCHI, As casas de Maria

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