1 – Confirmados na fé de Cristo.
No presente ano pastoral, seguiremos este lema: Confirmados na fé, para viver na caridade. Teremos a Visita Pastoral do nosso Bispo, D. Jacinto Botelho, às nossas comunidades paroquiais, neste nosso Arci-prestado de Tabuaço.
O bispo, como sucessor dos Apóstolos, tem a missão de confirmar os fiéis da Diocese na fé católica e apostólica, na fé de Cristo, confirmar e fortalecer, ouvindo as preocupações, os anseios e os projectos de cada comunidade, as dificuldades e as potencialidades na vivência da fé que nos une em Igreja.
A fé tem uma dimensão pessoal – cada um a acolhe num contexto específico, com um projecto de vida particular, num tempo determi-nado e numa determinada altu-ra da sua vida.
Mas não é a minha fé, é a fé da Igreja. As propostas e os desafios da Palavra de Deus chegam ao meu íntimo e eu percebo-os e assimilo-os ao meu jeito. Mas a fé tem também uma dimensão comunitária – não é a minha fé, é a fé de Cristo e, por conseguinte, há-de ser confrontada, vivi-da, amadurecida, celebrada em comunidade. Dito desta forma percebe-se como a fé tem que ser confirmada, na comunhão com os Sucessores dos Apóstolos.
Além disso e como referido anteriormente, a Diocese de Lamego, tal como as demais dioceses por-tuguesas, vai procurar “Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal".
As paróquias são um espaço concreto para ouvir, para reflectir e para viver a Palavra de Deus, pessoal e comunitariamente.
O Pastor da Diocese vem para confirmar, para abalizar das nossas vivências, para desafiar ao aprofun-damento da fé, lançando interpelações para o futuro.
2 – Para viver na caridade.
Viver a fé de forma consciente há-de conduzir-nos à partilha e ao serviço. No amadurecimento da fé, a presença constante da caridade. O cristão vive em atitude permanente de caridade, em cada gesto, em cada palavra, em cada encontro, com cada pessoa. Assim o cristão, assim a comunidade.
A atitude constante de Jesus, da oração para o serviço, faz-Se próximo dos mais distantes da sociedade e da religião, come com uns e com outros, chama discípulos de diferentes origens, faz-Se acompa-nhar de pessoas de carácter duvidoso, convive com estrangeiros e atende os seus pedidos, dá atenção a uma mulher pecadora e deixa que esta lhe perfume e beije os pés; defende uma mulher apanhada em adul-tério; chama Zaqueu, chefe de publicanos e chama o publicano Levi (Mateus), dialoga com a Samaritana…
O ponto de partida é a fé – “Sabemos, porém, que o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus Cristo” (Gál 2, 16).
A fé, como a oração, porém, não é abstracta, oca, desligada da vida, concretiza-se e tem expressão nas obras, no compromisso com o próximo. Diz-nos São João, “não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade” (1Jo 3, 18), “Quem diz que está na luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas” (1 Jo 2, 9).
São Tiago, por sua vez, e de forma clara: “de que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? (...) Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta” (Tg 2, 14-18).
Viver na caridade e não apenas viver a caridade. Por outras palavras, como seguidores de Jesus Cristo deveremos viver em atitude permanente de serviço. A caridade não é um exercício pontual mas constante, identificativo do cristão e da comunidade crente. Não é apenas uma dimensão da vida da Igreja, é o rosto da própria Igreja e dos seus membros…
Caridade que se acolhe de Jesus Cristo, carida-de dentro da Igreja, nos diversos ministérios (serviços), caridade na família, no meio envolvente. Somos, como cristãos, missionários da caridade, pelas palavras, certamente, mas sobretudo numa ati-tude permanente de serviço do nosso semelhante.
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