Sarai, a esposa de Abraão estava abatida. Ao longo dos anos não conseguia ter filhos e sabia que o marido ansiava por um filho.
Decidiu pôr em prática um plano. “Tenho uma escrava egípcia chamada Agar – lembrou a Abrão –; todos sabem que eu não posso conceber e, segundo a tradição, podeis dormir com ela. Assim, ela poderá dar-vos um filho”.
Abraão concordou e Agar engravidou.
O seu novo estado fez com que Agar se sentisse muito importante. Começou a agir como se fosse mais importante que Sarai, o que fez com que esta ficasse furiosa. Na sua fúria, decidiu tratar a escrava da forma mais cruel que podia. Perante isso, Agar acabou por fugir.
No deserto, num local onde existia uma nascente de água, um dos anjos de Deus foi de encontro a Agar. “Deves regressar para a tua ama – disse o anjo – Deus irá abençoar-te. Terás um filho e irás chamar-lhe Ismael. Ele terá muitos inimigos, mas viverá para ser pai de uma grande nação”.
Agar ficou espantada: “Terei realmente visto Deus e vivido para o contar? – maravilhou-se –, Este é verdadeiramente um Deus que vê o que se passa aqui na Terra”.
Corajosamente, Agar fez a viagem de regresso para junto de Sarai. Os meses passaram-se e ela ficou exultante por ter um filho, a quem chamou Ismael.
E ao poço onde Agar encontrou o anjo foi dado o nome de “O poço daquele que vive e que me vê”
“Querido Deus quando as pessoas são tratadas de modo cruel. Vós vedes tudo o que acontece. Velai por elas com carinho e abençoai-as”
Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, Novembro 2010.
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