1 – O mês de Novembro é sobejamente conhecido pelos crentes católicos como o Mês das Almas. Logo no primeiro dia, a celebração de Todos-os-Santos - homens e mulheres que se encontram na glória de Deus Pai. Os Santos preencheram as suas vidas com o amor de Deus, convertendo-o em amor ao próximo, pela oração e pela caridade.
No segundo dia - Comemoração dos Fiéis Defuntos - reflectimos na condição daqueles que se encontram em Purgatório, a caminho da pátria celeste. Entenda-se, aqui, Purgatório, não como um tempo cronológico, ou como um espaço físico, antes da entrada no Céu, mas um estado de purificação/preparação para o encontro com Deus Pai. Jesus leva-nos do tempo à eternidade. Primeiro, com a Sua morte e ressurreição/ascensão, coloca a nossa natureza humana à direita de Deus Pai. De junto de Deus atrai-nos constantemente. Quando passamos da vida temporal à vida eterna, poderemos ter necessidade de habituar o nosso olhar e o nosso coração à grandeza e à luminosidade de Deus. Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, faz-nos passar duma condição à outra.
Nestas duas celebrações, a mesma esperança e a mesma fé: a ressurreição, como garantia que a nossa memória, a nossa histórica e a nossa identidade, não desaparecerá com a morte, mas é assegurada por Deus. Aliás, a fé em Deus já engloba a fé na ressurreição como nos lembra Jesus no Evangelho: "… E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça-ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos".
2 – A liturgia da Palavra é muito significativa a propósito da vida eterna, não apenas por ser o mês das almas como também pelo facto de estarmos a caminhar para o final do ano litúrgico, em que se põem em maior evidência as realidades últimas.
Na primeira leitura apresenta-se uma passagem, num tempo em que o Povo da Aliança está sob domínio estrangeiro, em que uma mãe e os seus sete filhos são mortos por se recusarem a negar as tradições da religião judaica. Perante a ameaça, esta família deixa-nos um belíssimo testemunho sobre a fé na ressurreição: "Estamos prontos para morrer, antes que violar a lei de nossos pais... Vale a pena morrermos às mãos dos homens, quando temos a esperança em Deus de que Ele nos ressuscitará".
No Evangelho, por sua vez, Jesus é confrontado com outra tradição dos judeus, mas no caso presente com a pretensão de Jesus ser apanhado em contradição. A questão: uma mulher desposou sete irmãos, de quem não teve descendência; na eternidade quem será o seu marido? Na tradição judaica, se um homem não deixasse descendência à esposa, o irmão teria que assumi-la como esposa para lhe dar descendência e assegurar também a sua sobrevivência. Logo que houvesse filhos, o casamento estava abençoado...
Mesmo com o fito de ridículo, Jesus responde com abertura, dizendo claramente que a vida eterna não é uma continuação da vida terrena, mas é de uma outra dimensão. Respondendo aos que duvidam da ressurreição, acentuando o valor "legalista" e estático da Lei, Jesus contrapõe com a própria Escritura que fala abertamente na ressurreição, uma vez que Deus é um Deus de vivos e não de mortos, é Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob e de cada um de nós.
3 – Na Segunda Leitura, São Paulo, em jeito de prece, sublinha a eternidade de Deus como desafio à vivência da fé e da caridade: "Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, eterna consolação e feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras".
Obviamente, que a fé na ressurreição nos conforta, nos estimula e nos compromete com o mundo em que vivemos. Somos já hoje chamados a espalhar o bem, a verdade e a caridade que nos atrai desde a eternidade de Deus. Vivemos antecipando, em nossas palavras e gestos, o gozo da contemplação de Deus face a face.
Na primeira leitura apresenta-se uma passagem, num tempo em que o Povo da Aliança está sob domínio estrangeiro, em que uma mãe e os seus sete filhos são mortos por se recusarem a negar as tradições da religião judaica. Perante a ameaça, esta família deixa-nos um belíssimo testemunho sobre a fé na ressurreição: "Estamos prontos para morrer, antes que violar a lei de nossos pais... Vale a pena morrermos às mãos dos homens, quando temos a esperança em Deus de que Ele nos ressuscitará".
No Evangelho, por sua vez, Jesus é confrontado com outra tradição dos judeus, mas no caso presente com a pretensão de Jesus ser apanhado em contradição. A questão: uma mulher desposou sete irmãos, de quem não teve descendência; na eternidade quem será o seu marido? Na tradição judaica, se um homem não deixasse descendência à esposa, o irmão teria que assumi-la como esposa para lhe dar descendência e assegurar também a sua sobrevivência. Logo que houvesse filhos, o casamento estava abençoado...
Mesmo com o fito de ridículo, Jesus responde com abertura, dizendo claramente que a vida eterna não é uma continuação da vida terrena, mas é de uma outra dimensão. Respondendo aos que duvidam da ressurreição, acentuando o valor "legalista" e estático da Lei, Jesus contrapõe com a própria Escritura que fala abertamente na ressurreição, uma vez que Deus é um Deus de vivos e não de mortos, é Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob e de cada um de nós.
3 – Na Segunda Leitura, São Paulo, em jeito de prece, sublinha a eternidade de Deus como desafio à vivência da fé e da caridade: "Jesus Cristo, nosso Senhor, e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, eterna consolação e feliz esperança, confortem os vossos corações e os tornem firmes em toda a espécie de boas obras e palavras".
Obviamente, que a fé na ressurreição nos conforta, nos estimula e nos compromete com o mundo em que vivemos. Somos já hoje chamados a espalhar o bem, a verdade e a caridade que nos atrai desde a eternidade de Deus. Vivemos antecipando, em nossas palavras e gestos, o gozo da contemplação de Deus face a face.
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Textos para a Eucaristia (ano C): 2 Mac 7,1-2.9-14; 2 Tes 2,16-3,5; Lc 20,27-38
Reflexão Dominical na página da Paróquia de Tabuaço
Excelente post! Gostei muitíssimo do teor. Gostei sobremaneira da mensagem " Somos já hoje chamados a espalhar o bem, a verdade e a caridade que nos atrai desde a eternidade de Deus. Vivemos antecipando, em nossas palavras e gestos, o gozo da contemplação de deus face a face"
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