domingo, 17 de outubro de 2010

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza


Em 1992, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o 17 de Outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
Em Portugal, existem ainda milhões de pessoas que sobrevivem numa situação de grande pobreza. As dificuldades económicas têm agravado, de uma forma quase descontrolada, este problema social junto das famílias portuguesas.
Ouvimos, todos os anos, aos vistosos discursos dos políticos, assiste-se a inúmeros gestos de solidariedade, pontuais e limitados no tempo, não obstante, os sucessivos governos de Portugal e do mundo ainda não foram capazes de combater de um modo corajoso e eficaz as causas produtoras e reprodutoras deste tipo de pobreza extrema e exclusão social.
A erradicação da pobreza acontecerá quando houver uma vontade séria por parte daqueles que decidem os destinos do mundo.
Alguns dirigentes mundiais são capazes de investir milhões de euros no desenvolvimento de armas cada vez mais sofisticadas, mortais e silenciosas, mas não têm a ousadia de distribuir um pouco da sua riqueza nem demonstram sentido humano suficiente para desviar essas verbas das políticas da guerra e aplicá-las em políticas que promovam a erradicação da pobreza.
Olhem com outro sentido de cooperação para as imensas organizações não governamentais (ONG) que têm empreendido um trabalho louvável nesta tarefa enorme de erradicar a pobreza do mundo.
Os diagnósticos estão redigidos, as teorias já estão formuladas. Todos conhecemos o fenómeno da pobreza. Muitos governantes já analisaram casos concretos desse drama, as verdadeiras causas dessa catástrofe humana são conhecidas, as limitações dessa gente tão pobre e com fome já estão mais do que inventariadas.
O problema persistente é que os discursos não têm passado dos púlpitos, o que falta é tão simples, o que tarda é a acção concreta, o que não existe é uma atitude activa de quem tem o poder para alterar esta triste realidade.
Há mais de 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo. Em Portugal, segundo as estatísticas, existem cerca de 2 milhões de pobres.
Estes números vêm mostrar que a pobreza extrema não existe apenas em África e na Ásia, pois, mesmo junto de nós, há imensa gente que vai para a cama com fome.

Publicado por Rui Caetano em "Urbanidades da Madeira"

Sem comentários:

Enviar um comentário