Era uma vez um relógio que precisava de conserto. Veio o relojoeiro.
O relógio disse-lhe:
- Por favor, senhor relojoeiro, não me conserte. Estou cansado de uma vida tão monótona. Imagine que tenho de estar dia e noite a repetir o mesmo movimento e a mesma música: tic-tac, tic-tac... Se me conserta, imagine os milhões de "tic-tac" que tenho de fazer. Uma monotonia insuportável!
O relojoeiro disse-lhe:
- Amigo relógio, é esse "tic-tac" que te mantém em vida e te faz útil aos outros, dando-lhes as horas, os minutos e os segundos. É como o bater do coração das pessoas! Por isso, aceita essa monotonia como fazendo parte do teu viver. Não queres viver?!
Respondeu o relógio:
- Sim, quero!
O relojoeiro, como bom amigo, aconselhou-o:
- Então faz do teu "tic-tac" uma bela música a alegrar os teus dias e a alegrar o mundo.
O nosso quotidiano, por vezes tão monótono, pode ser colorido com a música do amor.
in Revista Juvenil, Outurbo 2010, n.º 539.
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