Se Deus quiser, no próximo dia 14 de Maio, encontrar-nos-emos como Sua Santidade o Papa Bento XVI, na cidade do Porto. De Tabuaço, haverá pessoas em Fátima, os Guias e Escuteiros da Europa, pessoas a título individual, os que já partiram de Pinheiros a pé. Ao Porto, estamos a organizarmo-nos para irmos de Comboio para participar na última celebração de Bento XVI em terras portuguesas.
Obviamente, nestes dias há muita, demasiada confusão. Ficar em casa e ver o Papa pela televisão é uma opção mais confortável e as celebrações podem apreciar-se de outra forma, mas não é a mesma coisa que estar no mesmo espaço.
Veja-se a este propósito, a ida dos adeptos ao Estádio para ver o seu clube jogar, quando se vê melhor na televisão, até porque há repetições. Mas a emoção do estádio não se compara, mesmo quando não se gosta de confusões/multidões.
Ou um concerto de música, correndo o risco de não ficar nas primeiras filas ou em lugar próximo do palco e ver o seu artista tão longe que mal dê para o distinguir a não ser por ecrãs gigantes.
Ou então a visita dos lugares santos. Para fazer a experiência de Deus não precisamos de sair de casa, ou das nossas comunidades... e ainda assim há um mundo que vai a Fátima, um mundo que vai aos lugares ligados à vida e morte de Jesus...
Ter a oportunidade de estar no mesmo espaço que o Papa, acolhendo-O como sucessor de Pedro, é algo de extraordinário. Pode até acontecer que só se veja a algumas dezenas de metros, ou através dos plasmas gigantes, mas a emoção está lá: sentir que a fé move corações e o que nos leva ali, a Lisboa, a Fátima, ao Porto, nos liga a muitos outros cristãos, que fazem, como nós, experiência de fé comunitária.
Em 1997, tive a oportunidade de participar nas Jornadas Mundiais da Juventude. Inesquecível, para lá da fé partilhada, do acolhimento das famílias franceses, o avistar do Papa João Paulo II, junto à Torre Eiffel, na recepção, passou a escassos cinco/sete metros, e depois em Longchamps, no Hipódromo, na Vigília e a Missa de encerramento. Víamos o Papa lá bem ao fundo, viamo-lo melhor nos ecrãs, ouvíamos a sua voz pelas colunas.
Era então seminarista. Da Diocese de Lamego, estavámos jovens de Tabuaço, da Sé e de Almacave, de Castro Daire e de Penude, minha terra natal. Foi uma alegria imensa estar no mesmo espaço, ao mesmo tempo, que o grande Papa João Paulo II. Só por essa razão teria valido a pena ir a Paris, à JMJ 1997. Mesmo que seja apenas por essa razão será uma alegria enorme ir ao Porto, em 2010, mesmo que na televisão se possa ver melhor a figura do grande Papa Bento XVI.
Não é a mesma coisa! Acompanhar o Papa pela televisão, ou estar no mesmo espaço e ao mesmo tempo... Quem tiver condições, verá que é uma experiência memorável, de fé, de partilha, de comunidade...
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