"Por amor do vosso nome, Senhor, não nos abandoneis para sempre e não anuleis a vossa aliança. Não nos retireis a vossa misericórdia, por amor de Abraão vosso amigo, de Isaac vosso servo e de Israel vosso santo, ...tratai-nos segundo a vossa bondade e segundo a abundância da vossa misericórdia. Livrai-nos pelo vosso admirável poder e dai glória, Senhor, ao vosso nome" (Dan 3, 25.34-43).
"Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Se meu irmão me ofender, quantas vezes deverei perdoar-lhe? Até sete vezes?» Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete»" (Mt 18, 21-35).
A resposta de Jesus dada a Pedro é expressiva. A nossa conduta deve orientar-se, sempre, em todas as circusntâncias, pelo bem, pela caridade, expressa e testemunhada pelo perdão e pela justiça. Quem ama perdoa. Quem sabe perdoar aprofunda a sua capacidade de amar.
É inequívoca a Mensagem de Jesus: perdoar sempre, por mais difícil que possa ser. Sabemos disso, há situações que dizemos que seria uma grande humilhação perdoar. E, no entanto, Jesus insite, só o perdão a quem nos ofende nos torna "merecedores" do perdão de Deus. Ou, por outra, o amor e perdão de Deus conduzem-nos ao amor e perdão ao próximo. A medida do nosso perdão é Jesus Cristo. Na cruz, perdoa os seus algozes.
Diaga-se, ainda a este propósito, e parafraseando o célebre psiquiatra brasileiro, Augusto Cury, que o perdão não beneficia o infractor, mas a pessoa que se sente ofendida. de contrário, se não perdoamos, dormimos com inimigo, levamo-la para a mesa, para o trabalho, para o descanso, não o largamos, está sempre no nosso pensamento, minando-nos, afectando-nos. Perdoar ao outro é reconhecer que o outro errou, mas que o aceitamos, que queremos que ele viva e seja feliz, e que não nos deixamos ir ao fundo só porque alguém nos ofendeu. É difícil, mas é compensador. Trata-se de fé, mas é também uma questão de saúde.
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