A santa Ceia:
Jesus, como bom judeu, celebrava todos os anos a Páscoa. A celebração consistia numa ceia muito festiva na qual, com cânticos, orações e sinais, recordavam a última ceia no Egipto antes da partida e, sobretudo, recordavam o amor que Deus demonstrou pelo seu povo, conduzindo-o até à sua terra.
Também para Jesus chegou a sua última ceia, a Santa Ceia. Reuniu-se com os seus Apóstolos para celebrar a Páscoa. Jesus disse-lhes, em primeiro lugar, que se queriam ser seus discípulos, tinham que se amar e ajudarem-se uns aos outros em tudo e, para o demonstrar, Jesus lavou-lhes os pés. Este ato, naquela época, só era feito pelos criados. A seguir, quando já estavam à mesa, Jesus tomou o pão, deu graças a Deus, Seu Pai, partiu-o e disse-lhes: “Tomai e comei, isto é o meu Corpo”. Ficaram todos muito surpreendidos, sem saber o que se passava. De seguida, Jesus tomou um cálice cheio de vinho misturado com um pouco de água e disse-lhes: “Este é o meu sangue derramado por vós. Fazei isto em memória de mim”.
Deste modo, Jesus quis ficar connosco no pão e no vinho consagrados da Missa, para que todos os seus discípulos participassem da sua Páscoa.
Deste modo, Jesus quis ficar connosco no pão e no vinho consagrados da Missa, para que todos os seus discípulos participassem da sua Páscoa.
A morte e a ressurreição
Já sabemos o que aconteceu com Jesus, o Senhor, depois da Última Ceia. Prenderam-n'O e, como se se tratasse de um malfeitor, cravaram-no na cruz.
Os apóstolos entenderam que a Última Ceia era uma lição do amor, o pão e o vinho que se converteram no Corpo e Sangue de Cristo, a sua serenidade e confiança no Amor de seu Pai do Céu, tudo era como uma chama que iluminava naqueles momentos de tristeza e desilusão. Com a Páscoa, os discípulos compreenderam o que Jesus lhes havia explicado antes: que, com a sua morte na cruz e dando a sua vida, Deus lhes mostrava o seu Amor e os salvava do pecado e da morte. Compreenderam também que a última Ceia era o anúncio da morte e ressurreição de Jesus e a Páscoa, a celebração do mesmo acontecimento.
Cristãos: o novo Povo de Deus
Com a morte e ressurreição de Jesus, e com a Vinda do Espírito Santo, no Pentecostes, nasce o novo Povo de Deus, constituído por todos os que se unem a Jesus pela fé e pelo sacramento do Baptismo.
Os primeiros membros do novo Povo de Deus, a Igreja, foram os Apóstolos e os demais discípulos, tendo papel preponderante Nossa Senhora, Mãe de Jesus.
Ao povo de Deus, que nasce da Páscoa de Cristo, chamamos Igreja, isto é, “Assembleia”. Mas, poderíamos perguntar: porquê esta palavra? Porque os Apóstolos e os discípulos de Jesus, depois da Sua morte e ressurreição, continuaram juntos, pois sabiam que Jesus estava presente no meio deles.
No próprio dia da ressurreição – o domingo – o Senhor tornou-se presente, quando os seus amigos e Apóstolos estavam reunidos. Ao fim de oito dias, tornou-se de novo presente. E, a partir daí, os cristãos reúnem-se para celebrar a Eucaristia, já que sabem que Jesus está presente entre eles de uma forma muito especial.
Domingo, o dia do Senhor
Passado o dia de descanso, o sábado, as mulheres foram ao sepulcro de Jesus para ungir o seu corpo com os unguentos funerários, segundo os costumes daquela época. Era domingo, ao nascer do sol. Elas estavam tristes, por causa da grande injustiça que tinham feito ao seu Mestre, cravando-o numa cruz. Quando lá chegaram foram surpreendidas... Jesus tinha ressuscitado!
Foram imediatamente ter com os Apóstolos e estes, depois de terem comprovado o que as mulheres lhes disseram, compreenderam que o Senhor tinha ressuscitado e recordaram-se do que Ele, noutras ocasiões, havia dito: “Ao terceiro dia ressuscitarei.” E assim foi. Naquele mesmo domingo, ao entardecer, Jesus apareceu-lhes e eles viram-no, com grande alegria. Desde então, o dia a seguir ao sábado é o dia do Senhor, e nós celebramos a Eucaristia porque é o memorial da morte e ressurreição de Jesus.
Texto retirado do Boletim Paroquial, Voz Jovem, Fevereiro 2010.
O Ano Pastoral, na Diocese de Lamego, orienta-se por duas realidades/dimensões estreitamente ligadas entre si: o Ano Sacerdotal e o Sacramento da Eucaristia. O primeiro, foi proposto por Bento XVI, por ocasião dos 150 anos da morte de João Maria Vianney, popularmente conhecido como Santo Cura d'Ars; o segundo, pelo nosso Bispo, D. Jacinto, na Carta Pastoral dirigida a toda a Diocese no primeiro ano à frente de Lamego, e que previa, então, que o terceiro triénio do seu pontificado fosse dedicado aos Sacramentos, tendo ficado para este último ano a reflexão sobre a Eucaristia.
ResponderEliminarO boletim Voz Jovem, como o blogue e a página da paróquia de Tabuaço, tem aproveitado para apresentar diversos santos, verdadeiros sacerdotes da Igreja, que souberam, no seu tempo, fazer a ponte entre o Homem e Deus e entre Deus e a Humanidade, e temos vindo também a reflectir sobre a Eucaristia, a partir de diversos ângulos, para nos levar a viver mais intensa e conscientemente a Eucaristia, como parte essencial da nossa fé e da nossa prática cristã.